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Arquitetos: Re-Act Now
- Área: 2600 m²
- Ano: 2008
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Fotografias:Andrei Margulescu
Descrição enviada pela equipe de projeto. O que poderíamos fazer, quando se trata de arquitetura de restauração, para que possamos deixar uma imagem mais vívida do edifício antigo com características especiais, mesmo que parciais? É uma pergunta que se pode responder de duas maneiras. A parte com mais valor - aquela especial - pode ser restaurada e a parte menos valiosa reconstruída, por completo, enfatizando - em uma primeira variante - o mesmo estilo histórico que a parte antiga valiosa do mesmo; ou então, pode-se vestir - em uma segunda variante - de um conceito completamente novo de um grande contraste com o existente. Aqui, foi escolhido essa segunda variante, primeiramente porque o desafio que a acompanha tem uma relação maior com a realidade do contexto de Bucareste, onde tais abordagens são escassas; mas também porque as novas funções que a casa precisava estavam baseadas numa grande flexibilidade e uma transparência geral, coisas que a primeira versão não ofereceria.
"Por que a flexibilidade era tão necessária no dado tema?", pode ser uma pergunta frequente. O próprio programa do edifício é já um programa incomum. O proprietário, uma parceria de suas companhia sob a inciativa de um Relações Públicas (RP) - Teodor Frolu - também arquiteto, teve a 'loucura' de conceber um prato cheio de temáticas de risco, onde áreas públicas abertas se combinam com áreas privadas semi abertas existem em uma relação de múltiplos usos funcionais, onde necessidades e atividades similares em certos momentos agrupam algumas instalações funcionais recém criadas (sala de multimídia e de conferências, área para tênis de mesa, terraço utilizável na cobertura do edifício). Além disso, também era algo novo a intenção de criar um Centro de Cultura e Criatividade nos fundos, uma alternativa para representar um contraponto no contexto da cultura em Bucareste, onde - em áreas públicas - eventos e exibições pudessem acontecer, duplicadas por um café e um bom croissant ou mesmo uma refeição, ou slow-food típica Romena, onde - nas áreas privadas - também pudessem ser empresas que trabalhassem com campos criativos, sejam elas publicidade, RP, produção de mídia, eventos, etc.
O edifício existente foi concebido nas suas origens pelo arquiteto italiano na tendência da cultura romena de arquitetura no final do século XIX e início do século XX, chamado Giulio Magni. Este arquiteto, entre outros, era o arquiteto chefe de Bucareste, e construiu objetos arquitetônicos como Hala Traian, Conjunto de Armazéns da Alfândega e Mercadorias (V-BM-A), onde parece que Angel Saligny teve uma participação no estrutural, a Escola de Communal Road, etc... O edifício existente - onde aconteciam as trocas de mercadoria - é parte deste Conjunto de Armazéns da Alfândega e Mercadorias é o que mais está "na rua" e o mais pomposo dos edifícios do Conjunto. O avançado estado de degradação que se encontrava na época que o projeto foi iniciado é resultado do fato de por muitos anos estar abandonado e portanto sem manutenção de qualquer tipo. Além disso, um incêndio devastador consumiu sua cobertura e desestruturou todas as paredes. Neste contexto, um "carinho" adicional se depositou no projeto considerando a abordagem de detalhes e a metodologia para recuperação do fundo valioso.
"Eu estava especialmente tocado pelos anos que vivi em Viena. É uma cidade de absolutos contrastes. Um modelo de cidade da Cultura Clássica Européia e também do tipo avant-garde, des ações, de manifestos. As filosofias da Cidade de Wittgenstein, a psicologia Freudiana, dos detalhes de Loose, da doença de Scheele, de socialismos anárquicos, burguesias imperiais, de fantasmagorias de Hundertwasser, dos paradigmas técnico educacionais, dos cafés da moda, dos tecnicismos de Otto Wagner, das boemias, de rebeliões parisienses, da simplicidade do pragmático, do strudel, schnitzel, wurstel, de... de... de..., de Viena, para aqueles que conseguem descobrir suas 'verdades', torna-se: O TEMPERO", segundo os arquitetos.
A história que os arquitetos oferecem ao novo edifício do Conjunto de Armazéns na verdade está em um pequeno TEMPERO Vienense, onde a melancolia imperial está enquadrada no contexto anárquico da sinceridade e simplicidade de beleza-virgem-técnica. Em outras palavras, a relação entre dois "mundos" que o edifício demonstra ao cruzar seus limites, neste caso, o micro cosmos vienense enquadrado, mistificado, vulgarizado, modernizado, tecnicizado, adorado, caricaturado, subliminado, sadomizado, sintetizado, filosofado, envolto em tabus, novelas, uma mistura, como na Academia, liberalizado, metafisicado, versado... O novo edifício se transformou num jogo de "definição de esteriótipos". O Humano transcende estados ambíguos quando conhece o lugar, a vizinhança, as pessoas, as memórias locais já conhecidas ou apenas previstas.